A Gnose Cristica buscará no cristianismo primitivo uma interpretação singular da existência, verá o Eu Crístico como a Consciência Cósmica que vem habitar no homem desperto, na figura do mestre nazareno. A Gnose contudo é anterior ao cristianismo e professa que o Homem é Fruto do Deus Transcendental e pode ter a Experiência de Deus em Si mesmo, de forma mística.

   Usando os textos de Nag Hammadi terão quase um corpo hermético de estudos, no qual chegarão a conclusão de uma dicotomia na criação, sendo o deus da matéria um deus menor que não o Deus Criador, mas seu Demiurgo, esse deus menor que é aquele ligado ao mundo denso deseja os homens presos num ciclo contínuo de existência, suas forças criadores, Elohim, operam em função deste demiurgo, chamado Yaldabaoth ou ainda, Samael.
   Contudo, uma Gnose anterior lembrará que Existe Apenas Um, então é possível vencer essa dicotomia com o Religare, ou seja, Voltar a Ligar-se Ao Eterno e Verdadeiro, sendo essa então, a verdadeira religião, do latim, se religar.
Aqui vemos uma clara aproximação da Dualidade, algo que era comum a antigas seitas cristãs, como a linhagem Merovíngia, que cria não na trindade, mas na dualidade. Bem e Mal.
   A Gnose passará com o tempo a adentrar nas artes citadas anteriormente e alcançará maiores alelos.
   A Gnose é portanto, o Conhecimento da Verdade, e Gnóstico é aquele que conhece os caminhos por onde essa verdade escoou e saberá que ele pode ter o contato com o Único e Primordial, vencendo a dualidade.