Pêssach
- 5 de abr. de 2023
- 4 min de leitura
No primeiro dia de Pêssach
Lemos o livro de Êxodus (12:21-51) da Oferenda de Pêssach no Egito, a Praga do Primogênito à meia-noite, e como “Neste mesmo dia, D'us tirou os Filhos de Israel do Egito.”
A leitura para o segundo dia de Pêssach
Levítico 22:26-23:44, inclui: uma lista de moadim – “os tempos marcados” no calendário judaico para a celebração festiva de nosso vínculo com D'us; a mitsvá da Contagem do Omer (os 49 dias de “contagem regressiva” até a festa de Shavuot que começa na segunda noite de Pêssach); e a obrigação de ir até o Templo Sagrado para “ver e ser visto perante a face de D'us” nas três festas anuais de peregrinação – Pêssach, Shavuot e Sucot.
As leituras para os quatro dias intermediários de Pêssach incluem:
1 – Instruções para comemorar o Êxodo santificando o primogênito, evitando fermento e comendo matsá em Pêssach, contando aos filhos a história do Êxodo, e usando tefilin (Êxodo, 13:1-16).
2 – Uma porção da Parasha Mishpatim que inclui as leis das festas (Êxodo 22:24-23:19).
3 – Uma seção descrevendo Moshê recebendo as Segundas Tábuas e a revelação de D'us a ele dos Treze Atributos da Misericórdia, que também conclui com as leis das festas (Êxodo 34:1-26); quando um dos “dias intermediários” de Pêssach é Shabat, esta é a leitura lida naquele dia, e começa 12 versiculos antes, com 33:12).
4 – A história e as leis do “Segundo Pêssach” (Números 9:1-14).
No sétimo dia de Pêssach
Lemos como neste dia o mar se abriu para os Filhos de Israel e afogou os egípcios que os perseguiam, e a “Canção do Mar” cantada pelo povo ao ser libertado (Êxodo 13:17-15:26)
No oitavo dia de Pêssach
Lemos Deuteronômio 15:19-16:17. Como a leitura para o segundo dia, cataloga o ciclo anual de festas, suas observâncias especiais, e as oferendas levadas nessas ocasiões ao Templo Sagrado de Jerusalém. A conexão especial do Oitavo Dia com a Futura Redenção é refletida na Haftará (leitura dos Profetas) para este dia (Isaiah 10:32-12:6).

Likutei Sichot
A sabedoria e lições do Rebe, de abençoada memória
Por Iehiel Moscovich
Mazal Tov! A festa de Pêssach celebra o "nascimento" do nosso povo.
Daqui vemos a importância do dia do aniversário, ao ponto da Torá fazer uma festa para comemorar o aniversário do nosso povo.
Mas afinal qual é a importância do dia do aniversário?
O Rebe explicou em uma Sichá no dia 25 de Adar, de 1988, ((כ"ה אדר תשמ"ח) que nesta data é o aniversário de sua esposa, Rebetsin Chaya Mushka, que faleceu um mês antes, em 22 de Shevat) e que neste dia a sorte da pessoa está mais forte (מזלו גובר), ou seja, ela terá mais facilidade e probabilidade para vencer e alcançar os seus objetivos finais e verdadeiros. Conforme consta no Talmud que o povo de "Amalek" vencia as batalhas, pois a maioria de seus soldados eram sempre os aniversariantes e por isso devemos aproveitar este momento de sorte (מזל), para fortificar-nos no estudo de Torá e no cumprimento das mitsvot.
Em nossa vida há coisas extremamente necessárias, outras supérfluas.
Seguem três exemplos:
ESSÊNICA: Há coisas que garantem a nossa sobrevivência e portanto são essenciais em nossa vida: comer, dormir, respirar e etc.
POSSES: Há coisas que não são extremamente necessárias mas adquirimos: uma casa, roupas etc.
LUXO: Aquilo que é simplesmente a mais, não é essencial nem necessário como os dois primeiros itens. Por exemplo carrões, mansões, joias...
O objetivo dentro de todos esses exemplos é saber cuidar e utilizar nossas forças e bens para um propósito espiritual, mais elevado. O de servirmos a D’us e reconhecer que tudo que possuímos devemos a Ele.
As lições de Pêssach nos fornecem a força para podermos elevar tudo isto.
A Matsá representa o pão, algo que precisamos para nossa sobrevivência. Ao ingerirmos a matsá estamos cumprindo uma mitsvá com algo que é imprescindível e isto nos dá força para que possamos elevar todas as outras coisas que também são esssenciais a nossa vida.
O Maror nos dá energia para elevar esta segunda parte, pois é uma verdura, e as verduras são categorizadas como esta segunda parte, que representa as coisas indispensáveis para viver em nossa sociedade e nossa civilização, por exemplo roupa e nome. E o nome por exemplo você não precisa dele para sobreviver, mas sim para viver, pois afinal como você iria se relacionar com as pessoas sem um nome.
Pêssach o corban,representa a carne. A carne simboliza as coisas que não são importantes para nós vivermos e sim é o excesso do que necessitamos. Como por exemplo, uma casa na praia, riqueza e etc. Esta seria a terceira parte, ou seja, um judeu que tem muitas posses deve tomar o máximo cuidado para manter-se humilde, usar suas posses para introduzir santidade e divindade por meio delas, pois sem a santidade, isto poderia viria a ser algo contrário ao que o judaísmo ensina..E a força para isso vem da carne do sacrifício de Pêssach, o Corban.
Que possamos aproveitar a luz e energia de Pêssach para celebrar e agradecer por tudo que D’us nos fornece, pela nossa liberdade, nosso livre arbítrio que permite preenchermos nossa vida a cada dia com mais sabedoria e pureza aproximando dessa forma a vinda de Mashiach!
FONTE: PT CHABAD
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